A Escola de Saúde Pública de Santa Catarina (ESPSC) realizou, no dia 12 de dezembro, o Seminário de Compartilhamento dos Relatórios Finais dos Projetos de Intervenção. O evento constituiu-se como um espaço formativo e institucional, destinado à socialização e à análise dos Relatórios de Intervenção desenvolvidos por discentes de cinco cursos da instituição, com foco na qualificação da Atenção Primária à Saúde (APS).
Os projetos apresentados contemplaram ações estratégicas construídas de forma coletiva, com a mobilização de diferentes atores sociais, voltadas à melhoria das condições de saúde das comunidades nos territórios de atuação. As intervenções abrangeram dimensões da assistência, dos processos de trabalho e da gestão na APS, sendo resultado do Módulo Educacional de Planejamento Estratégico Situacional (PES), fundamentado no referencial teórico-metodológico de Carlos Matus, vivenciado ao longo do processo formativo.
O seminário reuniu aproximadamente 150 participantes, entre preceptores(as) e discentes de cinco categorias profissionais: educação física, enfermagem, medicina, nutrição e psicologia, vinculados a cursos do Programa de Fomento à Especialização Profissional para a Atenção Primária à Saúde de Santa Catarina (FEPAPS/SC), com previsão de conclusão em 2026, contemplando os seguintes cursos:
- Pós-Graduação em Educação Permanente em Saúde para a APS com Enfoque nas Residências
- Pós-Graduação em Preceptoria em Medicina de Família e Comunidade
- Pós-Graduação em Preceptoria Multiprofissional
- Residência em Medicina de Família e Comunidade
- Residência Multiprofissional em Saúde da Família
O evento contou com bancas de avaliação docente e bancas de contribuição formativa, compostas por discentes do primeiro ano, também em formação no mesmo módulo educacional, fortalecendo o diálogo entre formação, gestão e prática do cuidado.
O Seminário consolidou-se como um espaço institucional qualificado de troca de saberes e de construção coletiva, reafirmando princípios fundamentais da Educação Permanente em Saúde (EPS), tais como o trabalho como princípio educativo, o Sistema Único de Saúde (SUS) como sistema formador, a articulação entre teoria e prática, o desenvolvimento de competências críticas, o fortalecimento do trabalho interprofissional, o uso de metodologias ativas de ensino, com aprendizagem centrada no discente, e a valorização dos(as) trabalhadores(as) do SUS. Evidenciou-se, ainda, a potência das ações desenvolvidas para a promoção de mudanças concretas nos territórios, mesmo em contextos marcados por desafios estruturais.
Ao promover este Seminário, a ESPSC demonstra seu compromisso com a Educação Permanente em Saúde, com uma formação crítica, reflexiva e territorializada, e com o fortalecimento do SUS, reconhecendo o território, o trabalho e a comunidade como espaços vivos de aprendizagem e transformação social.
Foto: ESPSC