Qualificar o cuidado, fortalecer a interprofissionalidade e impactar positivamente os indicadores de saúde da população exige estratégias formativas robustas e alinhadas às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e da população. Uma abordagem potente para esse propósito consiste na utilização de dispositivos de cogestão articulados a metodologias ativas de Educação Permanente em Saúde (EPS).
Nesse sentido, durante o último encontro teórico da Pós-Graduação em Preceptoria em Medicina de Família e Comunidade (MFC) - Turma: 2025–2027, foi desenvolvida uma atividade formativa baseada em simulação realística de uma mesa de negociação, permitindo que os participantes vivenciassem, analisassem e reconstruíssem situações relacionadas à gestão do trabalho no SUS. Essa proposta resultou em uma síntese de aprendizagem referenciada por evidências científicas, produzida a partir da experiência prática, da problematização e da reflexão coletiva.
A simulação contou com a representação de diferentes atores sociais estratégicos do sistema de saúde, incluindo gestor municipal, gestor do programa de residência, preceptor(a), residente e representante da participação social. Tal composição possibilitou a análise de problemas concretos vivenciados na Atenção Primária e na formação em Saúde, favorecendo a construção conjunta de soluções. A atividade demonstrou sua relevância pedagógica em integração ensino- serviço-comunidade ao promover metodologias ativas que estimulam a aprendizagem e melhorias por meio da prática; e utilizar a cogestão como dispositivo educativo capaz de impulsionar a interprofissionalidade, qualificar processos de trabalho e valorizar os profissionais, em consonância com a Política Nacional de Atenção Básica, a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e a Política Nacional de Humanização. A articulação entre simulação e análise coletiva baseada em evidências também permitiu a produção de sínteses ampliadas de conhecimento para práticas e decisões fundamentadas tanto na literatura quanto nas experiências concretas dos participantes.
A Escola de Saúde Pública de Santa Catarina (ESPSC) consolida, assim, sua dedicação a uma formação capaz de transformar a realidade do SUS, fortalecendo o protagonismo dos sujeitos, o diálogo e o Trabalho como Princípio Educativo. “Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.”
Foto: ESPSC
